Pesquisadores da King's College London constataram que a eficácia ou não do filtro solar depende basicamente da maneira como o produto é aplicado. Os cientistas já sabiam que as pessoas não estão totalmente protegidas da radiação solar por comumente usarem uma camada de protetor mais fina do que os fabricantes recomendam.
 
Mas o estudo mostrou que, quando aplicado como normalmente as pessoas fazem, um filtro solar de fator 50, por exemplo, ofereceria, no máximo, 40% da proteção desejada. Os resultados foram publicados no periódico científico Acta Dermato-Venereology.
 
Diante do resultado, os pesquisadores sugeriram que as pessoas passem a usar um fator de proteção muito maior do que pensam ser necessário para, assim, garantir que estejam protegidos dos problemas causados pela exposição solar.
 
Autor da pesquisa, o professor Antony Young disse, em texto divulgado pela universidade a respeito do estudo, que "não há dúvidas de que o filtro solar fornece uma proteção importante contra o câncer, causando um impacto nos raios ultravioletas. Porém, o que a pesquisa mostra é que a maneira como o protetor solar é aplicado desempenha um papel importante para determinar quão eficaz ele é".
 
"Como estamos falando de seres humanos, e não máquinas, qualquer 1% a mais vale a pena", acredita o dermatologista Murilo Drummond, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
 
Ele aprova e também recomenda a proteção solar com fator acima de 50. "Não é verdade que, acima de FPS 15, é tudo igual. Com certeza 60 é maior do que 15. Então, eu sempre acho que um filtro 50 é bom porque ele protege mais, e se a pessoa esquecer de passar em alguma região, a proteção solar mais alta acaba compensando essa falha na aplicação", explica.
 
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