Oito anos passaram desde a criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), contudo, o tema permanece esquecido no Brasil. A ausência de metas nos estados e municípios, além do descumprimento dos prazos estipulados para dar fim aos lixões até 2014, revelam o complicado cenário das políticas ambientais no Brasil. Por isso, investir no gerenciamento de resíduos sólidos é indispensável na promoção de sustentabilidade ambiental.
Instituída em 2010, a PNRS foi criada com o objetivo de melhorar o destino final dos rejeitos produzidos pelo consumo humano, distribuindo a responsabilidade no cuidado dos resíduos entre o poder público, sociedade e empresas. Ao mesmo tempo, surgiu incentivando as práticas de logística reversa, processo que retorna os materiais já utilizados no processo produtivo, restituindo-os às empresas.
A iniciativa do governo representou um avanço na legislação, instituindo, através da Lei Nº 12.305, como crime, o lançamento de resíduos sólidos em desacordo com as exigências estabelecidas na lei. Entretanto, oito anos após a criação da PNRS, a situação não possui mudanças significativas. De acordo com a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) e o Sinir (Sistema Nacional de Informações sobre Gestão dos Resíduos Sólidos), 48% dos municípios disseram ter, em 2016, descartados os resíduos coletados em lixões – estes que, desde 2010, são proibidos.
As consequências da má gestão dos rejeitos no meio ambiente incluem desde implicações na saúde humana até poluição da água e do ar.
Em relação ao combate, pequenas atitudes, se estimuladas desde cedo, causam resultados no futuro. A instalação de sistemas de compostagem e estações de coletas de material reciclável, são alguns exemplos de ações que os municípios podem realizar. No ambiente empresarial, promover a redução de impactos dos resíduos, através do melhor gerenciamento e compromisso com a coleta adequada, deve ser algo levado em consideração.
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Fontes: