Além da dupla jornada de trabalho e de ocuparem cada vez mais lugar no mercado de atuação, (isto em diferentes áreas), as mulheres conquistaram outro posto: elas constituem o maior público em cursos de pós-graduação, definidos como Mestrados e Doutorados. 
 
Os resultados para esta afirmação vêm da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Dados mais atualizados, de 2015, são referentes à quantidade de mulheres inscritas e que recebem titulação pelas especializações realizadas. No que diz respeito aos cursos de Mestrado e Doutorado, por exemplo, cabe dizer que 15% a mais são mulheres, em comparação ao público masculino. Elas são 175.419. Eles, 150.236.
 
Cabe destacar que apenas em mestrados acadêmicos, as matrículas foram superiores. Em  2015 foram 11 mil matrículas de mulheres a mais do que de homens. Já na disputa entre a diferença de títulos de mestre emitidos para mulheres e homens, o público feminino ganha em disparada: 6 mil a mais para elas. 
 
Com todas estas informações, e mesmo contando com mais anos de estudo (homens, na média, possuem 7,5, e elas, 8 anos), as mulheres ainda têm rendimento médio mensal menor: no cálculo atualizado pela PNAD, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, as análises demonstram que são R$ 1.480 para mulheres contra R$ 1.987 para homens.
 
Não há contestação quando o tema é o esforço, a dedicação contínua e tudo o que a mulher tem feito para alcançar o seu lugar ao sol. Mas o fato é que há muito o que melhorar, a partir do momento em que salário, valorização do trabalho e do estudo são os assuntos “bola da vez”. Um viva às conquistas femininas e um alerta às empresas, companhias e instituições, que precisam despertar para a importância da figura feminina no ambiente acadêmico e de trabalho. 
 
*Com informações de Exame e do Guia do Estudante.