Os projetos de alimentação saudável e combate à obesidade que pipocam aqui e ali ainda estão longe de ser suficientes para melhorar o padrão alimentar de estudantes brasileiros. É o que revela a pesquisa “Hábitos alimentares de crianças e adolescentes em cantinas de escolas privadas brasileiras em 2016”. O levantamento analisou mais de 1,2 milhão de compras feitas em cantinas de 97 escolas de 25 cidades de sete estados e do Distrito Federal.
Alimentos de baixo valor nutricional constituem cerca de 66% do que é consumido e também do que está disponível nas cantinas. Em geral, são doces, salgados e refrigerantes. Frutas e sucos naturais e outros alimentos considerados de alto valor nutricional constituem apenas 10% tanto da oferta como do consumo de alimentos.
O que, por hipótese, faz pensar que se houvesse oferta mais elevada de alimentos de maior valor nutricional, o consumo deles também deveria ser mais alto, ainda que, num primeiro momento, a razão entre oferta e consumo pudesse não ser similar à verificada.
A pesquisa foi realizada pelo Center for Behavioral Research (CBR), da Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getulio Vargas (FGV Ebape), com apoio da Nutrebem.
*Com informações de Revista Educação.