Olhar para a pessoa antes da doença ou da limitação, esse é o papel da terapia ocupacional.
A terapia ocupacional ajuda os pacientes a desenvolverem e/ou melhorarem suas habilidades do dia a dia, seja em ações mais simples, como escovar os dentes, ou naquelas que exijam um pouco mais de esforço, como subir degraus.
 
Segundo o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), a terapia ocupacional é definida como “profissão de nível superior voltada ao estudo, à prevenção e ao tratamento de indivíduos com alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psicomotoras, decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumáticos e/ou de doenças adquiridas”.
 
Portanto, a terapia ocupacional não é voltada apenas aos problemas físicos, mas aos mentais também. Veja estes exemplos:

Paciente que teve um membro amputado: é papel do terapeuta ocupacional ajudar esse paciente a se adaptar à nova realidade e a conseguir fazer suas tarefas do dia a dia da melhor forma possível. Por exemplo, com a falta de uma mão, conseguir lavar a louça, pentear o cabelo e manusear um computador.
 
Paciente em estado de depressão: o paciente vai (re)aprender a viver a vida de forma mais leve, conseguindo desenvolver uma rotina que lhe dê prazer em tarefas simples. O objetivo é que consiga se sentir mais bem disposto, autoconfiante e autossuficiente.
 
Paciente infantil com atraso de desenvolvimento: o terapeuta ocupacional vai trabalhar por meio de atividades lúdicas que auxiliam no desenvolvimento do processo de aprendizagem da criança. É feita uma análise de suas necessidades para desenvolver o processo mais adequado e, claro, de acordo com a sua idade.
 
Paciente idoso: o objetivo é ter uma vida melhor na terceira idade, estimulando a consciência corporal, as relações sociais e as habilidades cognitivas. Além de ajudar com problemas como perda da memória e fragilidade motora, com a terapia ocupacional os idosos também recebem estímulos através de atividades lúdicas como artesanato, música, dança e artes, para que se sintam mais ativos e úteis. As atividades vão variar de acordo com as limitações e as necessidades de cada um.
 
Portanto, a terapia ocupacional atende a todas as faixas etárias, do bebê ao idoso, e a diversos tipos de necessidades. Para desenvolver o tratamento, o terapeuta vai analisar todo o histórico ocupacional do paciente, ou seja, o que este gosta de fazer ou já fez, no que trabalha ou já trabalhou, e por aí vai. No caso de crianças, suas brincadeiras e seus interesses. Assim, a terapia ocupacional caracteriza-se como um processo em que se olha para outros fatores da pessoa, não focando a sua doença ou condição limitante. 
 
Diferença entre Terapia Ocupacional e Fisioterapia
 
Além de a Terapia Ocupacional não ser tão popular, também há confusão sobre a diferença entre essa área e a Fisioterapia, já que alguns pacientes necessitam de tratamento com ambas. Há muitas diferenças entre as duas áreas.
 
Para ficar mais fácil de diferenciar, é só fazer ligação ao nome: a Terapia Ocupacional está ligada à ocupação humana. Fez sentido? Busca desenvolver a independência, ajudar nas funções motoras, melhorar as atividades do dia a dia e até os quadros de problemas mentais.
 
A Fisioterapia, por sua vez, trabalha com a prevenção e a reabilitação das funções motoras, seja por acidente, trauma ou deficiência.
 
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