Passados 50 anos do Golpe Militar, percebemos que há muito que se pesquisar, esclarecer, trazer à discussão. Um assunto que, para a História, é recente demais para uma análise mais profunda, e que merece um cuidado de todas as instâncias da sociedade, no sentido de averiguar possíveis erros de registro, de não imputar carga emocional a um assunto que requer estudo das várias áreas das ciências humanas, desde a economia, a sociologia e a historiografia.
Lidar com a memória recente, em que há acervos documentais ainda por serem descobertos, fatos cruéis de desaparecimento de fontes registros em filme, fotos, depoimentos e principalmente desaparecimentos humanos, notadamente em seções de tortura e massacre próprios de regimes ditatoriais, não é tarefa simples.
O Brasil vive atualmente um momento em que se demanda rigor nas palavras, nos estudos, na elaboração de conceitos e, se por um lado a memória recente desses cinquenta nos imputa uma responsabilidade em resgatar anos de atraso na formação do pensamento notadamente o controle da informação e da educação feito nos 21 anos de Ditadura , também dos alerta para a situação mundial, para a eclosão de ditaduras de esquerda (Cuba e China, por exemplo), desafiando os que tiveram uma formação marxista a repensar o modus operandi das organizações civis e colocando em xeque o conceito de Democracia.
Assunto na pauta do dia, que você poderá aprofundar no curso de pós-graduação em História do Brasil.
Rita Alves.
Foto: Arquivo Nacional.